Crónicas da Vida na Rive Gauche
Tenho 32 anos e vivo no deserto. Onde eu moro não há pessoas (pelo que devo ser um lagarto).
A minha filha nasceu em casa, porque no deserto também não há hospitais e, igualmente por este motivo, tive que recorrer a um veterinário longínquo para me retirarem a vesícula. A cirurgia foi feita num celeiro, em cima de um fardo de palha, e para me fazer esquecer da dor deram-me um analgésico para cavalos.
Para ver pessoas vou todos os dias trabalhar para Sintra. É nesta viagem que sinto a adrenalina do dia: sempre que atravesso a ponte, sinto aquele arrepio de frio que o medo causa, a incerteza do segundo seguinte... afinal sempre há a possibilidade da mesma ser detonada no exacto momento em que eu estiver a passar.
É uma vida dura esta de quem está no fim do mundo!
Espero bem que ninguém se lembre de construir um aeroporto para estas bandas.
A minha filha nasceu em casa, porque no deserto também não há hospitais e, igualmente por este motivo, tive que recorrer a um veterinário longínquo para me retirarem a vesícula. A cirurgia foi feita num celeiro, em cima de um fardo de palha, e para me fazer esquecer da dor deram-me um analgésico para cavalos.
Para ver pessoas vou todos os dias trabalhar para Sintra. É nesta viagem que sinto a adrenalina do dia: sempre que atravesso a ponte, sinto aquele arrepio de frio que o medo causa, a incerteza do segundo seguinte... afinal sempre há a possibilidade da mesma ser detonada no exacto momento em que eu estiver a passar.
É uma vida dura esta de quem está no fim do mundo!
Espero bem que ninguém se lembre de construir um aeroporto para estas bandas.
Mural de Facadas